quinta-feira, 8 de maio de 2008

Tcham Tcham Tcham ...

Li um artigo que gostei muuuuuito hoje, do José Teles, gostei tanto que deu vontade de escrever. O artigo começava assim: "Tem rapariga aí? Se tem levante a mão!". Não, não é nada disso que vocês estão pensando, o texto aborda as letras de músicas de forró, que, atualmente, é uma grande parte da programação das rádios do país. É uma coisa absurda as letras dessas músicas e mais absurdo ainda a capacidade das pessoas de escutarem e reproduzirem as mesmas, além daquelas que afirmam gostar mesmo, por prazer, escutam em casa, estudando, trabalhando .... Músicas essas que as letras não dizem absolutamente nada, ou pior dizem coisas horríveis. No artigo ele cita algumas músicas que foram sucesso ano passado e que ele teve que escutar, para escrever uma matéria, coitado... Espero que ele não tenha que escutar “chupa que é de uva” ou "Tcham Tcham Tcham" este ano. Não tenho nada contra o ritmo forró, um forrozinho pé de serra é até bem vindo, mas essa onda de “forró estilizado” onde, parafraseando José Teles, as palavras de “efeito” das músicas são: "gaia", "cabaré", bebida em geral, com ênfase na cachaça e raparigas, é lamentável... E quando as pessoas se identificam ... deixa pra lá!

Desculpem-me os que gostam, mas não podia deixar passar em branco esse comentário, agora que tenho um blog :D.

Quem tiver interesse em ler o artigo do Zé Teles, clica aqui http://jc.uol.com.br/2008/05/06/not_167957.php (JC Online 07/05/08)

Um comentário:

Gustavo Henrique dos Santos disse...

Infelizmente esse tipo de produção musical denota dois problemas: de um lado o poder econômico das mídias de áudio (indústria de gravação)do outro a liberdade de expressão. Letras obscenas, baixa qualidade literária e musical, refrão de fácil memorização tornaram-se a mina de ouro dos produtores musicais e o ópium da grande massa consumidora. Shows para 40 a 60 mil pessoas, ingressos a preços baixos (muita vezes gratuito, devido a promoção de prefeituras e datas festivas), CD vendidos nas carrocinhas de CD e DVD. Assim conseguimos entender a facilidade de acesso por parte da grandes massas a este tipo de "produto cultural", já classificado em um programa de TV como som da periferia. Mas será que o Brasil não é uma grande periferia, que tentamos esconder e não ver? E pensar que Oswaldo Montenegro se apresentou para um publico de 4 mil pessoal no teatro da UFPE. Será que somos a contracultura?